Política nacional de humanização da atenção e gestão do sistema único de saúde.
A (PNH) Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma proposta do Ministério da Saúde que tem como valores norteadores: a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários e a participação coletiva no processo de gestão. Este trabalho busca ressaltar os aspectos mais importantes do mesmo. Inúmeros avanços no campo da saúde pública brasileira convivem de modo contraditório. De um lado, se constata os avanços da descentralização e regionalização da atenção e da gestão da saúde, com ampliação dos níveis de eqüidade, integralidade e universalidade e, de outro, a fragmentação dos processos de trabalho que desgastam as relações entre os diferentes profissionais da saúde e desses, com os usuários. Em decorrência disso, tanto o trabalho em equipe, quanto o preparo para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção tornam-se fragilizadas. Nesse sentido, na qualificação do SUS, a humanização é uma das dimensões fundamentais e que não pode ser entendida como apenas um “programa” a mais a ser aplicado nos serviços de saúde, mas como uma política que opera transversalmente, em toda a rede SUS. A humanização como política transversal é entendida como um conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações práticas de saúde e esferas do sistema caracterizando uma construção coletiva. Supõe, necessariamente, ultrapassar as fronteiras, muitas vezes rígidas dos diferentes saberes/poderes que se ocupam da produção da saúde. Como política, a humanização deve traduzir os princípios e modos de operar no conjunto das relações entre profissionais e usuários, entre os diferentes profissionais, entre as diversas unidades e serviços de saúde, entre as instâncias que constituem o SUS. O confronto de idéias, o planejamento, os mecanismos de decisão, as estratégias de implementação e de avaliação e,