Política externa.
|||
|||
Há 50 anos o presidente Getúlio Vargas se suicidou, na esteira de uma campanha orquestrada pela oposição conservadora para depô-lo do poder. Na famosa Carta Testamento, ele denunciou as "elites conservadoras", inimigas das reformas sociais, bem como os "interesses estrangeiros", que buscavam impedir o desenvolvimento do país. Como disse na Carta, "saía da vida para entrar na História", admirado por muitos e detestado por outros, mas sem dúvida o estadista mais importante do Brasil no século XX. Conhecido como "nacionalista", qual sua importância para a política externa do Brasil?
Político gaúcho, foi deputado, governador e ministro da Fazenda, assumindo a presidência com a Revolução de 1930. Em 1934 foi eleito pelo colégio eleitoral, em 1937 deu um golpe palaciano e implantou o Estado Novo (um regime autoritário), do qual foi derrubado em 1945, para ser eleito pelo voto popular por ampla margem em 1950. Governando o Brasil durante os difíceis anos da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, Vargas foi um modernizador e desenvolvimentista, tendo criado a legislação trabalhista e um moderno aparelho estatal e institucional. Para tanto, teve que enfrentar os interesses da poderosa oligarquia cafeeira paulista.
Deu início à industrialização por substituição de importações e à diversificação da economia. Mas para tanto precisava de recursos externos. Com este objetivo, promoveu uma hábil diplomacia de barganha entre a Alemanha de Hitler e os Estados Unidos de Roosevelt. O preço para alinhar o país com os aliados foi a obtenção da siderúrgica de Volta Redonda e material bélico moderno para as forças armadas brasileiras. Embora o Estado Novo tivesse uma roupagem "fascistizante", foi mais um instrumento autoritário tradicional para impedir a rearticulação das oligarquias regionais, e em seguida proibiu o Partido Nazista e o Integralista (fascistas brasileiros). Também defendeu a cultura nacional, ao