Política Externa Brasileira - BRICS e IBAS
O objetivo deste trabalho é apresentar uma breve noção da política externa brasileira atual, notadamente com relação à formação dos blocos de integração BRICS e IBAS, focando nos países que os compõe, especialmente a China, a Índia e a África do Sul.
A importância do presente estudo se pauta no fato de o cenário atual da política externa estar voltado para a diversificação das parcerias, desvinculando-se do alinhamento automático com os Estados Unidos da América. Assim, a formação de agrupamentos em outros eixos, se mostra bastante importante para a compreensão da política externa brasileira.
Inicialmente, portanto, serão conceituados o BRICS e o IBAS. A partir daí, sob a ótica da política exterior nacional, será analisada a relação entre o Brasil e seu principal parceiro comercial na atualidade: a China. Por fim, será estudado sobre a coalizão política estratégica entre o Brasil e a Índia e o Brasil e a África do Sul, notadamente no eixo sul-sul no âmbito do IBAS.
2 BRICS
“É o forte desejo comum por paz, segurança, desenvolvimento e cooperação que uniu os países do BRICS, com uma população de cerca de 3 bilhoes de cidadãos de diferentes continentes. O BRICS visa a contribuir para o desenvolvimento da humanidade e para o estabelecimento de um mundo mais justo e equânime”. (Declaração de Sanya, 2011)
Criado em 2006, baseado em um conceito de um economista americano sobre a construção de uma economia global melhor, o BRICS foi inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Basicamente, o conceito de Jim O’Neil demonstrava a convergência destes países, de modo que poderiam ser analisados em conjunto, mas não necessariamente como um bloco (MRE, 20??), o que só veio a se alterar no ano de 2006, nas vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas daquele ano. A África do Sul passou a fazer parte do grupo somente em 2011, com a 3ª Cúpula do então BRIC (hoje BRICS).
O BRICS se propõe à relações econômico-financeiras, empresariais,