Política educacional
Marlei Aparecida Marques Murari
Introdução
Há diferentes modos de compreender o conceito do termo educação, tendo em vista, de um lado, seu caráter polissêmico e, de outro, as diversas concepções teórico-filosóficas que podem conferir-lhe distintas interpretações. Portanto, é fundamental a discussão sobre as possíveis explicações para educação. A educação, em sentido amplo, está relacionada a diferentes ações, relações e espaços de interação humana que possibilitam a apropriação de cultura e de modos de ser, de pensar e agir sobre a realidade, o mundo e o próprio se humano. Portanto, nessa perspectiva, a educação é ação que se realiza em múltiplos espaços nos processos de interação entre diferentes sujeitos históricos. A educação escolar se reveste de um sentido mais amplo, voltado para a compreensão da necessidade de transformação social e de construção da necessidade de transformação social e de construção de experiências que levem à superação das desigualdades e injustiças sociais, rumo a um novo modelo de sociedade.
Capítulo 1: As políticas públicas recentes para a infância no Brasil.
A infância é um momento de grande importância para uma pessoa, ou seja, deve ser tratada e compreendida em um contexto socioeconômico e político, para isto deve-se perceber o contexto em que essa infância está acontecendo. A análise da educação infantil no Brasil evidencia uma negligência histórica das politicas públicas em relação à infância. Em pleno século XX, o país permanece com baixos índices de atendimento das crianças entre 0 e 5 anos de idade. Em média, a quantidade de vagas disponíveis na educação infantil atende a 52% das crianças com idade até seis anos. Quando verificamos o índice de atendimento entre as crianças menores, de 0 a 3 anos de idade, esse percentual não passa de 17%, o que demonstra a falta de prioridade conferida ao