Política Como Vocação – Max Weber
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Segundo o texto de Max Weber, Política Como Vocação, a política no conjunto das sociedades sociais é considerada objeto autônomo. A política tem o sentido de estabelecer uma direção ou orientação para a sociedade. O seu conceito é extraordinariamente amplo e abrange todas as espécies de atividade diretiva autônoma que não possuem relação com religião. Assim, entenderemos por política apenas a direção do agrupamento político hoje denominado “Estado” ou a influência que se exerce em tal sentido, para Weber, a política está vinculada ao “Estado”. Sociologicamente, o Estado não se deixa definir por seus fins, a não ser pelo específico meio que lhe é peculiar, tal como é peculiar a todo outro agrupamento político, ou seja, o uso da coação física. “Todo Estado se funda na força”, disse um dia Trotsky a Brest-Litovsk, no entanto, a violência não é, evidentemente, o único instrumento de que se vale o Estado – não haja a respeito qualquer dúvida- mas é seu instrumento específico. Em nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinados territórios – a noção de território corresponde a um dos elementos essenciais do Estado – reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física, o Estado se transforma, portanto, na única fonte do “direito” à violência, sendo Ele o único a poder desrespeitar tal “direito”. Consequentemente, entenderemos por política, o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado, sendo a política a disputa para participar do poder. Todo homem que se entrega a política, aspira ao poder. O Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima, isto é, da violência considerada como legítima. O Estado só pode existir, portanto, sob condição de que os dominados de submetam a autoridade continuamente