Polícia Comunitária
MUNIZ, Jacqueline, LARVIE, Sean Patrick, MUSUMECI, Leonarda197-213, maio de 1997.
Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(1): & FREIRE, Bianca. Resistências e dificuldades de um programa de policiamento comunitário. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(1): 197-213, maio deINTERVENÇÃO PO1997.
LICIAL NO ESTADO
CONTEMPORÂNEO
Resistências e dificuldades de um programa de policiamento comunitário JACQUELINE MUNIZ – SEAN PATRICK LARVIE
LEONARDA MUSUMECI – BIANCA FREIRE
RESUMO: O artigo trabalha com dados de um estudo de um ano sobre o programa de policiamento comunitário em Copacabana e Leme, na zona Sul do Rio de Janeiro. Além de monitorar as estatísticas das polícias Militar e Civil, o programa incluía também uma enorme variedade de dados qualitativos. O artigo descreve quatro visões distintas de conflito, distúrbios e crime, que surgiram a partir da análise desses dados.
UNITERMOS: policiamento comunitário, conflitos, polícia civil, polícia militar, distúrbios, segurança pública.
N
esta exposição faremos um inventário das dificuldades enfrentadas pelos oficiais e policiais de ponta do 19º BPM, no esforço de implantar e consolidar o programa de polícia comunitária em
Copacabana, Rio de Janeiro. Serão enfocados três ordens de obstáculos: 1) o acesso às “comunidades” do bairro; 2) a busca de colaboração de outras agências públicas e; 3) o ambiente institucional da Polícia Militar.
Diversos tipos de problemas limitaram o alcance, a eficácia e as possibilidades de consolidação do policiamento comunitário em Copacabana, desativado antes mesmo de completar um ano de vigência. Alguns desses problemas – resistências de setores da comunidade e da Polícia e dificuldade de coordenar a atuação de diferentes órgãos públicos, por exemplo – também se verificaram inicialmente em experiências internacionais bem-sucedidas, como a de Nova Iorque. Nestes casos, porém, havia o respaldo de uma política de segurança,