Políbio segundo norberto bobbio

líbi

A Teoria das Formas de Governo
Políbio – Capítulo IV

BOBBIO, Norberto. A Teoria das Formas de Governo. Brasília, UNB, 1984. Políbio foi um historiador grego que viveu em Roma por grande parte da sua vida, onde pôde estudar e relatar seus pareceres sobre algumas características do direito romano, e em seu livro VI da História nos permite avaliar alguns pontos sobre suas teorias quanto às formas de governo. Em seu livro, o historiador expõe basicamente três teses: a primeira – a qual já nos é de grande familiaridade – é que existem seis formas de governo, três boas e três más; a segunda trata sobre a característica cíclica atribuída a tais formas, afirmando que elas se sucedem e se repetem no tempo; já a terceira, afirma que existe uma sétima forma de governo, além das outras seis formas tradicionais, a qual é comparada com a constituição romana – até então considerada a melhor. "Deve-se considerar a constituição de um povo como a causa primordial do êxito ou do insucesso de todas as ações" (65).
Duas observações a serem feitas sobre o que foi dito é que diferentemente de Aristóteles e Platão, Políbio considera o termo democracia como uma das formas boas de governo, e a sua correspondente má seria a oclocracia, que significa “governo das massas”. Outra observação é que para Políbio a ordem cíclica a qual se refere começa naturalmente pelo governo de um só, a monarquia, em seguida vem a sua forma corrompida, a tirania, seguida pelo aristocracia, oligarquia, democracia e por fim a oclocracia.
Esta forma por ele proposta contraria a forma apresentada por Platão, mesmo que amobos acreditassem que os ciclios são degenerativos, para Políbio ocorria a alternância entre uma forma boa, e uma ruim, e assim sucessivamente. “A observação mais substancial tem a ver com o critério adotado por Políbio para distinguir as constituições boas das más. É um critério que não corresponde ao aristotélico, mas reproduz o de Platão.” (67). “Como já vimos, o critério