poluição
Poluição
Embora seja um dos rios mais importantes economicamente para o estado de São Paulo e para o país, o rio Tietê ficou mais conhecido pelos seus problemas ambientais, especialmente no trecho em que banha a cidade de São Paulo.
Não faz muito tempo que o rio Tietê se tornou poluído. Ainda na Década de 1960, o rio tinha até peixes no seu trecho da capital. Porém, a degradação ambiental do rio Tietê tem início de maneira sutil na década de 1920, com a construção da Represa de Guarapiranga, pela empresa canadense Light, para posterior geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas Edgar de Souza e Rasgão, localizadas em Santana de Parnaíba. Esta intervenção alterou o regime de águas do rio na capital e foi acompanhada de alguns trabalhos de retificação também pela Light, que deixaram o leito do rio na área da capital menos sinuoso, nas regiões entre Vila Maria e Freguesia do Ó.
Porém, ainda nas décadas de 1920 e 1930, o rio era utilizado para pesca e atividades desportivas: eram famosas as disputas de esportes náuticos no rio. Nesta época, clubes de regatas e natação foram criados ao longo do rio, como o Clube de Regatas Tietê e Espéria, clubes que existem até hoje.
Projetos para despoluir o rio Tietê
Diante de tais pressões populares, em 1991, o governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho, ordenou à Sabesp - empresa de saneamento básico do estado, que se comprometesse a estabelecer um programa de despoluição do rio. O estado buscou recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento - o BID e montou um projeto de recuperação do rio, baseado nos estudos anteriores do SANEGRAN. A difícil tarefa de acabar com a poluição gerada por esgotos na Região Metropolitana de São Paulo recebeu o nome de Projeto Tietê. Na ocasião, o então governador havia dito que, ao final do seu mandato, beberia um copo d'água do Tietê. Não é um projeto exclusivamente governamental, já que conta com intensa participação de organizações