Poluição Sonora em Salvador - Bahia
Na festeira Salvador, o bloco do barulho sai de todos os cantos: bares, igrejas, casas, espaços de eventos e carros. Os ensaios gerais nos bairros mexem com o ritmo de vida dos moradores e atividades simples como atender telefone, assistir TV e dormir, entra em descompasso.
E, nos primeiros 15 dias do ano, o número de incomodados já passa de 500, segundo a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), responsável por combater poluição sonora. No ano passado, foram 52 mil reclamações.
Para atender aos chamados, a Sucom conta com apenas 36 fiscais e 15 operadores no call center.
Ministério Público confirma. Cidade é recordista.
O Ministério Público do Estado atesta: Salvador é capital recordista em poluição sonora.
A briga contra a poluição sonora na capital é persistente. O número de denúncias e de apreensão de equipamentos cresce a cada ano segundo dados da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). De janeiro até meados deste mês já foram feitas 10.202 denúncias e apreendidos 2.874 aparelhos eletrônicos. O som de carros particulares é a fonte de 45,5% das queixas.
O número de denúncias já corresponde a 14,6% do total do ano passado: 69.514. Em 2012 foram apreendidos 3.746 equipamentos. Os números de 2012 já foram maiores que 2011 quando a Sucom registrou 68.360 denúncias e apreendeu 2.752 equipamentos. Em 2010 ocorreram 52.052 denúncias e apreensão de 1.820 equipamentos de som.
Saúde é afetada
Além de distúrbios auditivos, o zum-zum-zum dos decibéis acima do permitido pode provocar outros efeitos negativos à saúde. Na lista estão a insônia, estresse, depressão, dor de cabeça, hipertensão, perda de memória, agressividade e mau humor. Especialistas recomendam alguns minutos de meditação por dia para ajudar a interromper o estresse acústico.
Quem mora perto de vias movimentadas, por exemplo, deve equipar as janelas com vidros