Poluição Atmosférica
Paulo Roberto Russo
Professor assistente do Curso de Geografia do Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos (MSB), professor titular do Departamento de Geografia da Fundação
Educacional de Duque de Caxias (FEUDUC) e membro do Laboratório de Climatologia e Análise Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CLIMAGEO-UFRJ)
Introdução
No início do século XX, eram conhecidas as agruras da falta de água potável e de alimentos, mas julgava-se que o ar, necessário para a respiração dos seres humanos e de outros seres vivos, nunca deixaria de estar disponível de forma adequada à manutenção da vida. Contudo, a qualidade do ar tornou-se uma das maiores preocupações nesta virada de século.
Entende-se como poluição do ar, a mudança em sua composição ou em suas propriedades, decorrentes das emissões de poluentes, tornando-o impróprio, nocivo ou inconveniente à saúde, ao bem-estar público, à vida animal e vegetal e, até mesmo, ao estado de conservação de determinados materiais. Diversos agentes podem ser percebidos como contaminantes atmosféricos. Alguns exemplos de agentes de origem natural são as brumas marinhas (bactérias e microcristais de cloreto e brometos alcalinos), produtos vegetais (grãos de pólen, hidrocarbonetos e alérgenos), produtos de erupções vulcânicas (enxofre, óxidos de enxofre, vários tipos de partículas, ácido sulfúrico, dentre outros) e poeiras extraterrestres (material pulverizado de meteoritos que chegam à atmosfera); enquanto que os de origem artificial podem ser representados pelos radionúcleos, derivados plúmbicos e os derivados halogenados de hidrocarbonetos (COELHO, 1977: 156-157).
AYOADE (1998: 309) alerta que a poluição do ar afeta o clima das áreas urbanas de diversas formas. O próprio balanço energético das cidades sofre interferência, pois os poluentes refletem, dispersam e absorvem radiação solar. Muitos poluentes também
servem