politícas públicas
A maior divisão do trabalho é a separação entre a cidade e o campo, a oposição entre a cidade e o campo surge com a passagem da barbárie para a civilização da organização tribal para o Estado, do provincialismo para a nação a existência da cidade implica ao mesmo tempo a necessidade da administração, da polícia, dos impostos, a cidade constitui o espaço da concentração, da população, dos instrumentos de produção, do capital, dos prazeres e das necessidades. Ao passo que o campo evidencia o oposto, o isolamento e a dispersão a oposição entre a cidade e o campo só pode existir no âmbito da propriedade privada o trabalho é o dado capital, o poder sobre os indivíduos e, enquanto esse poder existir haverá também uma propriedade privada a abolição dessa oposição entre a cidade e o campo é uma das primeiras condições da comunidade, e essa condição depende por sua vez de um conjunto de condições materiais, que a simples vontade não é suficiente para concretizar, pode-se entender a separação entre a cidade e o campo como a separação entre o capital e a propriedade fundiária, como o início de uma propriedade que tem como única base o trabalho e a troca. O êxodo dos servos para as cidades prosseguiu sem interrupção durante toda a idade média. Esses trabalhadores, que chegavam isoladamente, jamais conseguiram ser uma força, porque ou seu trabalho era da alçada de uma corporação e devia ser aprendido ou então seu trabalho não exigia aprendizagem, não era da esfera de uma corporação, era um trabalho de diarista e, neste caso, nunca chegavam a criar uma organização e permaneciam como uma plebe desorganizada. A necessidade do trabalho de diaristas nas cidades criou a plebe. Nas cidades o capital era um capital natural que consistia em alojamento, ferramentas e uma clientela natural hereditária, e transmitia-se forçosamente de pai para filho, devido ao estado ainda