politização da juventude

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Algumas discussões envolvendo política transbordam em acusações generalistas. Conceitos e concepções das mais básicas - às vezes descritivas apenas - já podem se tornar alvo de retóricas inflamadas, ácidas e críticas.

Valores individuais e coletivos encontram terreno fértil na política - e por meio dela se realizam. Mas é aí que os postulados teóricos começam a ir por terra. Ainda mais em época em que tanto se fala em "ondas de protestos" - que mais lembram o mar... com suas algas... a fotossíntese... e os vegetais.

Acusar um Estado democrático de omissão e irresponsabilidade é muito fácil. Mais ainda quando a pessoa nem sequer paga suas próprias contas e toda sua condição de vida é resultado do esforço de outros - não dela própria.

Manter uma sociedade coesa e próxima da Justiça não é uma coisa completamente alcançável. É esta busca que a torna próxima disto, com todas suas imperfeições. Só que esta luta implica em arcar com compromissos e deveres, e não apenas em exigir direitos.

Geralmente estas são as mesmas pessoas que esbravejam contra a polícia, a ordem e torcem pelo caos social. Inclusive também são as mesmas que querem ter a liberdade de fumar a planta... que é natural... vem da terra... que bem poderia ser legalizada... que o Estado arrecadaria em imposto...

Nada mais me surpreende. Estes dias eu vi um adolescente falando de Anarquia, e segundos depois falava que a Constituição garante que ele faça o que quiser com o próprio corpo.

Aristóteles já vaticinou. O homem é um ser político e social. Aquele que se diz apolítico acaba sendo o mais politizado de todos. Não só porque com sua atitude exerce mais efeito na política, mas porque a própria postura dele é resultado de forças sociopolíticas exteriores a ele – e que muitas vezes ele não se dá conta: porque a política quis assim.

Assumindo ou não, acaba fazendo política do mesmo jeito - política de forma passiva. Política da forma: "sei que minha atitude

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