Politicas de integração da amazonia

Dentro do processo de “organização” do espaço Amazônico, é possível identificar dois padrões de ocupação: rio-várzea-floresta e estrada-terra firme-subsolo. A produção do espaço tinha uma dinâmica histórica, constituída pelos meios naturais de fluxo: leitos dos rios ou áreas próximas aos mesmos; os rios definidos como as principais vias de circulação de pessoas e de mercadorias, assumiram um papel de destaque na configuração das cidades; a ocupação da região Amazônica pelas potências europeias no período colonial, a inseriu no processo mercantil, durante mais de cem anos após a colonização portuguesa no Brasil, esta região só era conhecida por expedições que se dirigiam para aprisionar índios e em buscas das drogas do sertão (cacau, canela, baunilha, madeiras aromáticas...), que eram vendidas à Europa e rendiam algum dinheiro aos exploradores, essa comercialização criou pontos de interligação, e o surgimento de aldeias e vilas diretamente voltadas às vias fluviais, fazendo destas um elemento paisagístico fundamental.
No fim do século XIX começou a ocupação do interior da Amazônia através da extração do látex, a exploração da borracha é feita de modo rudimentar e, como as seringueiras estão dispersas pela floresta, a atividade ocupa grandes extensões de terras. O seringal, como é chamada a área de exploração das seringueiras, pertence ao seringalista, que controla toda a produção e contrata os seringueiros, a princípio os seringueiros eram os próprios nativos da região, mas com o aumento da necessidade de produção, foi preciso atrairmigrantes de outras regiões, o grupo mais numeroso foi o de nordestinos, que fugindo da seca migraram aos milhares para a Amazônia. Os seringueiros trabalhavam em condições muitos desfavoráveis, além dos perigos da floresta e da malária, ainda eram explorados pelos seringalistas, ganhavam pouco, e eram obrigados a consumir roupas, utensílios e alimentos dos armazéns que pertenciam aos próprios seringalistas (sistema de aviamento), como