politica
Na época das Pólis, as antigas cidade-Estado da grécia, a mais nobre atividade que um cidadão podia exercer era participar das decisões e do governo de sua cidade. Política significa em essência "Ética na Pólis" e todo cidadão não só tinha o direito, como o dever de participar. Com o fim das cidades-estado gregas (e muito tempo depois) surgiu outro tipo de governo democrático; o representativo. Olhe só as diferenças! Na Gréciaa antiga, tinhamos a democracia participativa.Todos decidiam o destino do Estado! Mas quando a democracia se tornou representativa, o poder do cidadão foi conferido a uns poucos que o representam (em tese). Esses poucos se sentiram como um tipo de Elite e passaram a praticar o Patrimonialismo. No Brasil, isso começou a se institucionalizar com a chegada da Familia real portuguesa e seu "Ponha-se na rua". Depois com a república, surgiu a burocracia para coibir o patrimonialismo, mas não adiantou muito. Isso é um vício muito antigo, que tem diminuido a passos de tartaruga, mas tem! Mas teve o nefasto efeito de ligar o termo "Política" com a Politicagem. Irônico que a palavra que descreve o mais alto exercício da ética tenha se tornado sinônimo de canalhice.
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Segundo Hannanh Arendt a violência caracteriza-se por sua instrumentalidade, distinguindo-se do poder, da força, do vigor e mesmo da autoridade. Para Arendt o poder corresponde à habilidade humana não apenas de agir, mas agir em concerto, pertence a um grupo e permanece somente na medida que o grupo conserva-se unido, desaparecendo quando este desaparece.
Para Arendt a violência pode ser justificável, mas nunca legítima, a violência é desqualificada de sua centralidade política e ela desvincula violência e poder, mostrando que o fundamento da política é a constituição da liberdade.
Ela trata o poder e a violência como mutuamente exclusivos, de forma que onde domina um o outro será absolutamente ausente, assim ela não reconhece poder nos atos violentos.