Politica
Da esq. para a dir. amostras de esfarelita (sulfeto de zinco), pentlandita (sulfeto de níquel) e calcopirita ( sulfeto de cobre) na forma de rocha e concentrado.
A obtenção de um metal a partir de seu mineral envolve, na maioria dos casos, um processo de oxi-redução. Desde o século XIX, a técnica utilizada para esse processo é a pirometalurgia, um processo que visa a obtenção de metais dos seus minérios por meio de reações químicas que acontecem em temperaturas elevadas. Muitos minérios, porém, contêm compostos de enxofre e, por isso, essa técnica pode resultar na produção de dióxido de enxofre (SO2), que, quando lançado na atmosfera, é altamente poluente.
Na segunda metade do século XX, a preocupação crescente com o meio ambiente, aliada à redução da disponibilidade mundial de metais e ao concomitante aumento de sua demanda, levaram as indústrias a investir em pesquisas na área de metalurgia. Elas buscavam alternativas não somente aos processos industriais utilizados, como também aos metais explorados. Foi então que se intensificaram as pesquisas sobre os chamados “metais não-ferrosos”. Essa denominação, própria da metalurgia, se aplica a todos os metais que possam ser usados com fim metalúrgico, exceto o ferro. Como exemplo, temos o cobre, o zinco, o níquel, o ouro e o cobalto, metais ainda pouco estudados no Brasil.
Em Ouro Preto, desde 1997, um grupo de pesquisa se dedica a aprimorar e desenvolver técnicas para a obtenção desses metais, utilizando conhecimentos integrados de Biologia,