Politica
É, fui mexer no vespeiro, e adivinhem só: as vespas vieram pra cima de mim, como se eu já não estivesse imunizado contra esse tipo de ataque. Lia-se ontem no jornalismo online que a ONU iria denunciar violação de direitos humanos no Pinheirinho, em São Paulo, e lançar um “apelo urgente” cobrando explicações. Sei, sei… O que, ou quem, estava sendo chamado de ONU era Raquel Rolnik, uma “relatora especial para o Direito à Moradia Adequada”. O que se omitia — e é possível que os jornais omitam ainda hoje — é que Raquel é do PT e trabalhou na Prefeitura de São Paulo quando Luiza Erundina era prefeita (e não Marta Suplicy; já corrigi o primeiro post) e no Ministério das Cidades no primeiro governo Lula. O que eu fiz? Ora, escrevi um post contando quem é ela. Fiz mal? Menti? Não!
Acho que fiz bem em contar as verdades que os outros omitiram, não é? A área de comentários foi invadida pelos petralhas. Xingam-me de tudo quanto é nome! Só não conseguem me contestar — e os que tentam fazem humor involuntário, como vocês verão. Eles acham que os leitores não tinham o direito de saber que a tal “relatora” é, de fato, uma fiel servidora do petismo. Mas eles sempre me estimulam, e isso quer dizer que eu tenho mais algumas coisinhas a falar sobre dona Rolnik — que concede uma entrevista à Folha desta sexta que é um assombro, vejam lá; não vou me ocupar dela no detalhe, ou isto não tem fim.
Raquel não é “a ONU”
Comecemos com uma questão elementar. Raquel não pode ser chamada de “a ONU” nem por metonímia porque relatores especiais, que atuam em contato com o Conselho de Direitos Humanos não representam as Nações Unidas. São conselheiros independentes — ela é uma das 36, como vocês podem ler na página da ONU. Esses relatores independentes podem, então, agir como lhes der na telha? Não! Nesta outra página, há o conjunto de procedimentos. E uma deles consiste justamente em VISITAR OS PAÍSES e eventuais áreas em