politica
A constituição histórica da educação brasileira nos remete, necessariamente, à organização da escola pública como espaço de atendimento às classes populares e sua relação com a dinâmica do fracasso escolar. Esta história, ao longo de seu desenvolvimento, tem negado o acesso ao conhecimento, para um número significativo de brasileiros, através da omissão na oferta, pela evasão e repetência. Este tema é recorrente no embate teórico, nas produções científicas e nas proposições legais. Sendo assim, as políticas educacionais têm organizado diversas formas de atendimento, para tentar diminuir essa problemática expressada no analfabetismo e exclusão escolar.
[...] para ser cidadão, isto é, para participar ativamente da vida da cidade, do mesmo modo que para ser trabalhador produtivo, é necessário o ingresso na cultura letrada.
E sendo essa um processo formalizado, sistemático, só pode ser atingido através de um processo educativo também sistemático. A escola é a instituição que propicia de forma sistemática o acesso à cultura letrada reclamada pelos membros da sociedade moderna. (SAVIANI, 2004, p. 03).
O argumento do autor aponta para a necessidade de priorizar a educação, e no caso da sociedade capitalista a escola pública é o espaço que pode garantir a transmissão do conhecimento acumulado historicamente pela humanidade, pois essa é a principal especificidade da educação escolar. O conhecimento espontâneo é apreendido em todos os outros espaços que compõem a nossa sociedade, porém o conhecimento científico, construtor e construído por meio do processo de humanização, precisa de um espaço organizado de forma sistemática, com intencionalidade e planejamento para formar as novas gerações. A ciência marxista nos possibilitou compreender que o conhecimento começa pela prática. A humanidade ao trabalhar para produzir sua existência, produz conhecimentos, ideias e formas de socialização com os outros homens. Ou seja,