politica

A teoria social de Marx, através de Iamamoto (1982), começou a fazer parte dos debates com o Serviço Social no início dos anos 1980. Tal teoria, para Yasbek, “como matriz teórico metodológica apreende o ser social a partir de mediações“. O que para Netto (1995) quer dizer: “Isso porque a estrutura de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que põe o ser social como ser de relações, no mesmo instante e pelo mesmo processo, oculta a natureza dessa relações ao observador”. Com base em tal matriz os fatos são aceitos, sem que haja manipulação; onde, a realidade em seu movimento de contradição, é apreendida dialeticamente. Movimento este, “no qual e através do qual se engendram, como totalidade, as relações sociais que configuram a sociedade capitalista”, na análise de Yasbek. O marxismo vai então - a contar dos anos 1980 e seguindo pelos anos de 1990 - direcionar o modo de pensar e de agir do Serviço Social no Brasil. A formação dos assistentes sociais, incluindo o currículo de 1982 e as diretrizes da atualidade, será baseada em tal teoria, assim como os eventos acadêmicos, as convenções, congressos, encontros, seminários que aconteceram como fruto da associação de profissionais. O exercício profissional e o Código de Ética também são embasados na teoria marxista que vai possibilitar a busca do rompimento “com seu histórico conservadorismo” ( Netto,1996, p. 111) e propiciar avanços na produção de conhecimentos. Antônio Gramsci, a partir dos anos 1980, é tomado como referência quanto a questões sobre o Estado, a sociedade civil, o mundo dos valores, a ideologia, a hegemonia, a subjetividade e cultura das classes ditas subalternas. Outras referências são: Agnes Heller quanto a sua problematização do cotidiano, a ontologia do ser social fundada no trabalho a partir de Georg Lukácks , “as experiência humanas” segundo a concepção de E.P. Thompson e finalmente bebe na fonte do marxista Eric Hobsbawn, um dos mais importantes historiadores da contemporaneidade. As