Politica e emancipação
Juliana Dornelles de Souza
Elisabeth Garcia Costa
Durante a entrega da nova praça para o bairro Santa Vitória fiquei me perguntando sobre política, politicagem e autonomia. Durante as reuniões do PAC tenho visto um povo sofrido e que mata um leão por dia para sobreviver, em algumas ocasiões pude perceber que muitas pessoas são analfabetas. Fico me perguntando por que vivemos em meio a tantas desigualdades sociais, e em como tenho ficado muito distantemente da vida política de meu país. Ao que me parece à maioria dos brasileiros assim como eu também tem certa aversão à política, porque esta acaba se apresentando em forma de dominação e exploração sobre o povo. No entanto, apesar de ter ficado impaciente com estas questões sobre a desigualdade fui elaborando meus pensamentos em tudo que tenho visto dentro do PAC. E estou iniciando outra linha de pensamento, pois percebo que a forma de se fazer política tem se transformado. Antes havia moedas de troca, em que um saco de cimento comprava o voto de uma pessoa que jamais teria a oportunidade de ter vez e voz. Dentro deste contexto Thiollent irá destacar a extensão como uma possibilidade de emancipação. Uma ação educacional com propósito emancipatório é um desafio às leis de reprodução social, gerando transformações sociais a partir do fato de as camadas desfavorecidas terem acesso à educação, não apenas acesso ao vigente conhecimento elitizado, mas sobretudo condição de construir conhecimentos novos, em termos de conteúdos, formas e usos. (THIOLLENT, 2002). As discussões realizadas nas assembleias e nos seminários de formação de lideranças dos bairros tem sido significativas, pois os moradores têm demonstrado seus potenciais quanto a tornarem-se sujeitos da própria história/vida. Surgiram diversas iniciativas da comunidade a partir de alguns questionamentos, soluções como: 1) criar uma reserva ecológica em uma área de risco na qual as famílias seriam realocadas pela Prefeitura Municipal; 2)