politica neo liberal
Pôde-se notar que FHC tinha uma proposta de governo bem definida nos aspectos econômicos e na macroeconomia, acreditando que com uma boa atuação nestas áreas, o desenvolvimento social viria conseqüentemente, o que não aconteceu. Embora os programas de transferência de renda tenham iniciado em seu governo, eles ainda eram muito, os gastos sociais nesse governo tiveram retração no segundo mandato. O número de pessoas desempregadas também cresceu em seu primeiro mandato, como citou Mattoso (2003) em pesquisa aos dados do Cadastro Geral de empregados e desempregados – CAGED. Também como embasado em Netto (2003) pôde-se atestar que o argumento de que as privatizações serviriam para saldar as dívidas internas e externas foi, segundo as palavras do autor, uma falácia, pois isso também não ocorreu.
A respeito do Programa Comunidade Solidária, lançado logo no início de seu primeiro mandato, o próprio governo reconheceu não ter alcançado os objetivos esperados, pois no início do segundo mandato lançou o Programa Comunidade Ativa com a justificativa de que as atuais medidas de combate à pobreza não estariam sendo eficientes (Silva, 2001).
É evidente o esforço dispensado por parte do governo FHC para combater a pobreza através de diversos programas para seu enfrentamento, porém adotou uma política de desresponsabilização do Estado na execução das políticas sociais, transferindo a responsabilidade para o conjunto da sociedade, através das parcerias. É a partir dos anos 90 que as ONGs, o chamado terceiro setor se generaliza pelo país nos mais diversos segmentos, principalmente naqueles em que o Estado mais se ausenta. Se o Estado hoje, não consegue dar conta de seus próprios serviços, como então monitorar os