Politica em Sócrates, Platão e Aristoteles
Foi ele valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo.
Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos, temperados - diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem uns contra os outros e escravizar o próximo.
Respeita a convicção grega de que a lei consigna a justiça e nesta estão reunidos todos os valores cívicos, que duvida da capacidade política do cidadão ateniense comum para bem votar as leis da polis, é quem, em obediência à ideia comum de excelência, aprovada por essa mesma maioria cuja competência vem de questionar, vai desafiar a assembleia ensandecida, no julgamento dos generais da batalha das Arginusas, empenhado em fazer cumprir as leis. Apesar de opor sérias dúvidas ao processo (democrático) pelo qual foram estabelecidas.
A politica em Platão
"Ele foi o primeiro e talvez o último, a sustentar que o estado deve ser governado não pelos mais ricos, os mais ambiciosos ou os mais astutos, mas pelos mais sábios."
Percy Shelley
Apelando para o mito da destruição e reconstrução do cosmo, Platão descreveu no seu diálogo "Político", num primeiro momento, a Era de Cronos, o tempo, e sua transição para a Era de Zeus, o seu filho (quando a Idade de Ouro dos homens esfumara-se nos pretéritos). A seguir, tratou dos humanos nascidos neste novo período pós-Paraíso, quando eles perceberam que os tempos eram outros, que desaparecera a harmonia que havia outrora entre eles e os animais, que os bichos não só perderam a fala, como se tornaram hostis e ferozes, obrigando os homens a se organizarem em grandes grupos, fechados em regimes políticos, para poderem sobreviver à crescente selvageria dos tempos de Zeus.
Todos se consideram aptos