Politica do egito atual
O general Hosni Mubarak entrou na presidência do Egito em 1981 quando o atual presidente, Sadat, foi assassinado. Ele era vice- presidente do país desde 1975 e, após subir ao cargo máximo de poder no país, foi reeleito em 1987, 1993, 1995 e 1999. Renunciou à presidência em fevereiro de 2011, ficando assim 30 anos na presidência do Egito. A questão é: por que ele renunciou ao cargo?
Durante seu governo o Egito progrediu muito na relação com os países árabes, reafirmou o tratado de paz com Israel e cultivou boas relações com os EUA. Trouxe avanços, mas também muitos atrasos para o país. Muitas vezes não deu auxílio aos pobres, como em 1991 quando cortou subsídios, alimentos e outros produtos essenciais; combateu movimentos feministas, deixando sempre a mulher em segundo plano. Em seus mandatos fez muitas promessas, mas poucas delas cumpriu. Então por que foi reeleito por cinco vezes, e na maior parte delas com a maioria dos votos?
A firma-se que as eleições sempre foram marcadas por fraudes e durante vários anos também não havia candidatos para concorrerem com Mubarak; somente em Maio de 2005, o Parlamento aprovou uma proposta de emenda constitucional, que permitia a apresentação de vários candidatos para as eleições presidenciais de setembro. Os partidos da oposição denunciaram que a nova legislação favorecia a reeleição de Mubarak, pois a apresentação de candidatos independentes tinha limitações, como a exigência de pelo menos 65 recomendações de membros do parlamento. Mesmo com essa alteração no processo eleitoral, os concorrentes não se atreviam a prejudicar Mubarak, pois a oposição era fortemente intimidada.
Sendo assim a partir de 25 de janeiro de 2011 a população começou a fazer uma serie de manifestações (que por sinal foram as maiores já vistas no Egito desde 1977) para tirar o atual presidente do poder. Esse dia ficou conhecido como o "Dia da Ira". Os principais motivos para o início das manifestações e tumultos