Politica de educação inclusiva e o trabalho pedagógico.
O contexto educacional brasileiro é marcado pela uniformidade dos métodos educacionais, que tem por base a concepção homogeneizadora do ensino (Souza,
s.d.), que reflete modelo baseado na uniformidade na abordagem educacional do currículo. O estudante que não se enquadra no modelo permanece refratário à escolarização e ao aprendizado, não se qualifica e se candidata à evasão escolar e ao fracasso social e econômico.
O efeito é ainda mais acentuado no caso de pessoas com problemas físicos ou psicológicos que exigem atenção de profissionais específicos. Muitas vezes o professor não apresenta o treinamento específico para atuar com esses alunos, mesmo de forma mínima, causando o ciclo rotulação, discriminação e exclusão.
Uma
das
mais
graves
consequências
do
desrespeito
às
diferenças,
institucionalizado na normalidade pedagógica, é o recrudescimento do bullying, o qual, em muitas escolas, é tolerado como algo normal e aceitável, não merecendo reprovação por parte dos professores, pedagogos e administradores escolares.
O professor deve reconhecer que a diversidade faz parte da estrutura escolar, e que todos os alunos apresentam particularidades que os distinguem dos demais, que todos devem, por isso, ser respeitados e mesmo valorizados em suas diferenças.
A inclusão reconhece que todos têm direito à participação, à igualdade de oportunidades, ao desenvolvimento pessoal e à educação.
A formação inicial dos professores
A formação do professor deve incluir a preparação para lidar com as diferenças, de forma que a educação especial não seja nada novo nem amedrontador para o profissional da educação.
É comum que o professor se deixe incomodar com alunos que apresentem diferenças em relação ao considerado “normal”, como alunos com gosto pela leitura, dificuldades de aprendizado, limitações à socialização,