POLITICA CAMBIAL COLLOR
Em abril de 1990 o BACEN passou a enfrentar as primeiras dificuldades com a flutuação cambial. Havia uma grande escassez de cruzeiros em razão do confisco do Plano Collor, sendo que uma das consequências dessa medida foi a tendência de valorização da nova moeda, circunstancia que fez com que o BC passasse a operar pontualmente no mercado de câmbio, através da compra e venda da moeda. Na época devido ao confisco dos cruzados e a necessidade de caixa das empresas, dólares eram negociados no mercado, a qualquer preço, o que provocava queda nas cotações. Semanas depois, tão logo a situação do caixa se equilibrou, teve início, por parte dos exportadores e especuladores, um processo de retenção dos dólares com o objetivo de forçar uma alta nas cotações da moeda.
Como o BC tinha pouca flexibilidade de atuação devido ao baixo nível de reservas, foi obrigado a comprar pra recompor o seu caixa externo e quando necessário, vender para evitar elevação na cotação da taxa cambial, o que serviria para evitar possíveis pressões inflacionárias, somente se considerarmos a fragilidade do quadro econômico de então.
Em fevereiro de 1991, com o fracasso do Plano Collor, a equipe econômica, de forma emergencial, e por curto período de tempo, adotou um plano nos mesmos moldes do anterior, com congelamento de preços e cambio. Tratava-se do Collor II.
Adotado o Plano Collor II, e aperfeiçoado o modelo de intervenções do BC no mercado através de compras e vendas pontuais de dólares, ocorreu uma desvalorização de 30% na moeda nacional, num momento que a inflação estava próxima dos 20% com o objetivo de estimular as operações de exportação e melhorar o perfil da balança comercial. O objetivo da medida era melhorar a taxa de câmbio para proceder a um congelamento de preços e salários na economia, já que a inflação voltaria a crescer.
A semelhança dos planos anteriores que, contrariando as leis da economia, envolviam congelamento, a tentativa fracassou, e a