politica afirmativa na india
Nas sociedades contemporâneas democráticas existem vários grupos elegíveis para uma política de discriminação positiva. Na prática, no entanto, tais políticas quase sempre estão orientadas para membros de um grupo identitário (ou que assume uma identidade étnica e/ou racial), ou seja, que é definido em termos de características que não são objeto de escolhas voluntárias, em geral determinadas pelo nascimento e raramente alteradas ou alteráveis. As características que definem um grupo identitário são tipicamente físicas ou culturais, tais como "raça", casta, tribo, etnicidade e gênero. neste caso específico, centra sua atenção nas políticas de discriminação favor dos membros de grupos identitários definidos em termos étnicos, incluindo raça, casta e tribo, e que estejam em situação de desvantagem e, portanto, sub-representados nas posições socialmente mais almejadas e em geral ocupadas por membros do(s) setor(es) dominante(s) que formam uma elite social. No caso indiano, são os Dalits (anteriormente conhecidos como membros das castas intocáveis, que oficialmente, após a independência da Índia, em 1947, foram classificados como "castas programadas") e os Adivasis (grupos tribais que geralmente vivem em áreas afastadas e são oficialmente classificados como "tribos programadas").
As ações afirmativas na Índia desde o início tomaram a forma de reserva de vagas e/ou posições às quais os candidatos dos grupos elegíveis (Dalits e Adivasis) podem ter acesso sem competir com candidatos de grupos não-elegíveis. O tamanho da cota é geralmente determinado pela representação percentual do grupo elegível no conjunto da população indiana.
No caso indiano, a política de reserva tem origem no início do século XX, em algumas províncias do sul do país, sob o domínio do império britânico (British Raj), em resposta ao crescimento de movimentos sociais que questionavam a dominação interna dos membros da casta Brâmane2. Após a Independência, em 1947, as