Poliploides
3.1. Introdução
A poliploidia refere-se as variações naturais ou induzidas no número de cromossomos, de um modo geral. As variações surgem nos conjuntos cromossômicos individuais. Se for determinado o número de cromossomos de um grupo de indivíduos de uma mesma espécie, selecionado ao acaso, provavelmente este número seja o mesmo. Essa situação é esperada, pois a espécies são entidades biológicas razoavelmente constantes e não é difícil avaliar que a estabilidade relaciona-se a uma constância no número e tipos de genes e cromossomos.
Na verdade, o número de cromossomos de uma espécie é um dado biológico significativo, mas como os genes mutam em número através da perda ou adição, assim também fazem os cromossomos. O processo é esporádico, pois as divisões celulares e cromossômicas são fenômenos regulares, porém ocorrem variações, que, por vezes, são perpetuadas a fim de dar origem a novas espécies vegetais.
A palavra poliplóide é formada pelo radical “plóides” que deriva de ploidia (= quantidade de genoma) e pelo prefixo “poli” (= vários). Portanto, poliplóides são indivíduos que possuem vários genomas.
Dois grandes grupos são formados: os Euplóides e os Aneuplóides. No primeiro grupo estão os autopoliplóides, que vem a ser indivíduos que tiveram seus genomas gaméticos duplicados, triplicados, formando diplóides (2n), triplóides (3n) e assim por diante, e alopoliplóides. Esses possuem genomas de diferentes origens (alo = diferente) e foram originados de cruzamentos interespecíficos ou intergenéricos que ocorreram na natureza ou foram resultantes de cruzamentos artificiais. Nesse último caso o Triticale é um exemplo pois foi o cereal obtido do cruzamento de Triticum aestivum e Secale cereale. Os híbridos interespecíficos, por terem genomas diferentes entre si resultantes do cruzamento devem, portanto, dobrarem o número total de cromossomos para tornaremse espécies férteis. A esses indivíduos se dá o nome de autoalopoliplóide.
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