Polifarmacia em idosos
RESUMO
A proporção de idosos vem crescendo na população mundial devido à associação da re-dução progressiva dos índices de mortalidade e das taxas de fecundidade. O Brasil acompanhou esse processo demográfico a partir da década de 1960, sendo que já se observa crescente demanda em serviços de saúde decorrente de doenças crônico-degenarativas prevalentes nos idosos. Individualmente ou comunitaria¬mente, o processo do envelhecimento envolve mudanças biológicas, econômicas e sociais que podem levar a incapacidade física e mental, aumentando a morbidade e mortalidade neste contingente populacional.Essas circunstâncias provocam a constante observação na prática clínica de idosos fazendo uso simultâneo de vários fármacos. Chegam a constituir 50% dos multiusuários em decor¬rência da terapêutica utilizada com o passar dos anos, dada a vulnerabilidade biológica inerente ao envelhecimento. Nesta fase da vida há o aumento do risco de desenvolver doenças crônicas; como cardiopatias, diabetes, câncer e doenças infecciosas. Desta maneira o aumento do consumo de medicamentos acompanha a tendência do envelhecimento populacional, constituindo a polifarmácia nos idosos. O processo de envelhecimento é caracterizado por várias modificações no organismo, que podem causar alterações no efeito de certos medicamentos, tornando-os inapropriados para idosos por falta de eficácia terapêutica ou por apresentarem efeitos adversos superiores aos benefícios.O objetivo desse trabalho foi avaliar o uso de medicamentos em idosos e os riscos da polifarmácia.
INTRODUÇÃO
Entre as décadas de 1940 e 1970, houve um grande aumento de expectativa de vida da população, devido, sobretudo, às ações de saúde pública, como vacinação,e saneamento básico, e devido aos avanços médico-tecnológico.
Nos países em desenvolvimento idosos são os indivíduos com 60 anos ou mais e estima-se que em 2025 o Brasil será a 6º população com maior número de idoso no