polanyi
A economia e seus derivados, como a troca e o escambo, nunca foram os determinantes da vida social, mas sim a necessidade de manter a sociedade enquanto tal que levou os homens a se organizarem, também, economicamente. Independentemente da forma de organização da sociedade, o sistema econômico será sempre dirigido por motivações não econômicas.
-não existia noção de lucro, nem a propensão natural a barganha, sendo o sistema econômico uma mera função da organização social, embora existissem sofisticadas transações comerciais.
A ordem na produção e na distribuição se garantia baseado em dois princípios de comportamento: reciprocidade e a redistribuição, que por sua vez, eram sustentados por dois padrões institucionais, a simetria e a centralidade. Levando Polanyi a inferir que o ponto de partida para a compreensão da história das civilizações humanas é enxergar a economia enquanto um processo historicamente instituído.
- Polanyi considerava a economia de mercado uma novidade histórica, isto é, nenhuma outra sociedade além da nossa foi controlada por um padrão institucional definido como um sistema auto-regulável dirigido pelos preços, não sofrendo interferência de nenhum outro fator externo. Para Polanyi o ganho e o lucro nunca foram os impulsionadores da economia nas sociedades que precederam historicamente o mundo capitalista. Os mercados existiam, mas desempenhavam um papel residual, e não determinante nem hegemônico.
presença ou a ausência de mercados ou de dinheironâoafera necessariamente o sistema econômico de uma sociedade primitiva. Isto refuta o mito do século XIX de que o dinheiro foi uma invenção cujo aparecimento transformava inevitavelmente uma sociedade, com a criação de mercados, forçando o ritmo da divisão de trabalho, liberando a propensão natural do homem à permuta, à barganha e à troca. Com efeito, a história econômica ortodoxa se baseou numa perspectiva imensamente exagerada do significado dos mercados, como