Pol tica na Antiguidade
Na antiguidade Clássica, a política possui laços diretos com a Pólis. A Pólis é uma cidade-estado com identidade cultural e unidade territorial definidas. Com a Pólis, aumenta-se o uso do espaço público para deliberar sobre os rumos da cidade. A linguagem, desta forma, possui importância ímpar para o desenvolvimento da política. Através da palavra, os cidadão poderiam se expressar claramente, aumentando as chances de ser entendido e atendido. Outro importante fator foi o caráter público das decisões. As cidades não possuíam um contingente comparável com os países atuais. A população, ao considerar alguns espaços como "de todos", possibilitou o surgimento de modelos democráticos de governo, onde todos poderiam opinar sobre os rumos da cidade. A República de Platão, e A Política de Aristóteles, são duas das maiores obras de filosofia política da Antiguidade. Platão procura idealizar um Estado perfeito e voltado para o bem de todos. O Estado é concebido como um organismo em que todas as partes devem conviver naturalmente, em harmonia. A finalidade do Estado é a felicidade dos homens. O bom governo, portanto, é aquele que se constitui de tal modo que possa tornar o cidadão virtuoso e permitir que tenha uma vida feliz. O Estado idealizado por Platão só pode ser governado por filósofos, aqueles que estão mais próximos da ideia do bem e da justiça. Segundo Aristóteles, a tarefa da política é eleger a melhor forma de governo, tanto em sentido absoluto quanto em relação a cada realidade social. O homem é por natureza um animal político, que se define por sua vida em sociedade. Sendo parte da natureza, o corpo político é entendido como uma extensão da família e da aldeia.