Poka Yoke
Frequentemente aponta-se alguns fatores considerados responsáveis pelo “sucesso japonês”, tais como os Círculos de Controle de Qualidade (CCQs), o Controle da Qualidade Total (Total Quality Control – TQC), o Sistema de Produção Enxuta (Toyota Production System – TPS), o Just-In-Time (JIT) e o Controle da Qualidade Zero Defeitos (CQZD).
As práticas superiores de controle da qualidade de algumas empresas japonesas, no entanto, estão fundamentadas na eliminação dos defeitos a partir da identificação e neutralização de suas causas – os erros. O bloqueio dos erros é facilmente realizado através dos dispositivos poka-yoke – mecanismos à prova de falhas, aplicados em regime de inspeção 100%, com a detecção de desvios na execução da operação.
POKA-YOKE: ORIGENS
No Japão do inicio do século XX, Sakichi Toyoda inventou o que pode ser considerado o primeiro dispositivo poka-yoke: um mecanismo que, acoplado ao tear, era capaz de identificar o rompimento de um fio ou o atingimento da quantidade de tecido a ser produzida, paralizando a operação imediatamente. Esta singela invenção possibilitou que vários teares fossem operados por um único trabalhador, o que representou uma grande vantagem competitiva há época.
O conceito de dispositivos capazes de “detectar uma anormalidade no processamento” foi, anos mais tarde, aplicado e difundido na Toyota Motor Company por Taiichi Ohno. Shigeo Shingo, consultor da Toyota durante muitos anos, encarregou-se de aprimorar este conceito e disseminá-lo em indústrias do mundo inteiro.
Shingo (1996) classifica os dispositivos poka-yoke da seguinte forma:
Método do Controle: Pára a linha ou a máquina de forma que a ação corretiva seja imediatamente implementada;
Método da