poemas africanos
A MÃO DO VENTO NA SAVANA Que voz perpassa em teu dorso quando a noite passos-de-onça se aproxima?
Memória de areais
Negras falésias?
Se te escutando paciente é o trabalhar de onda.
Eflúvios frémito um deus muíla que subisse monandengue só da raiz do sangue.
ILOMBELOMBE noite mãe cega mãe oculta teu rumor entre os rumores da xana aí onde os carreiros te buscando não te achavam mais chegaste com eu passo incerto o rosto sulcado de mil luas a voz rouca de kitata vagabunda e soubeste oh mãe soubeste como os corvos tagarelando nossos despojos aguardavam sem cessar
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_africana/angola/joao_maria_vilanova.html
Soneto ao mar africano ó grande mar, que banhas estas plagas africanas, em ti ouço recados dum mundo a outro mundo, nos teus brados de prantos, risos, orações e pragas!
na dramática voz das tuas vagas, escuto os que, nos séculos passados, choraram nesse canto dos teus fados, cantaram nesse choro em que te alagas…
na tua voz eu ouço o branco bravo, que semeou Portugal nestes recantos africanos, e ainda o negro escravo