POEMA CORDEL
505 palavras
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de Tere PenhabeNuma mesa de boteco três viúvas proseavam a cervejinha do lado ora riam ora lamentavam viúva pra todo gosto boa de glúteo ou de rosto batiam as que lá estavam.
A prosa tava animada entre venenos e mimos quando ao falar no leão uma lembrou seu marido que não havia no mundo pra cuidar bem o seu fundo como o tal do falecido.
A outra viúva se benzeu não diga isso menina ele pode é não gostar dessa lembrança mesquinha aprenda a fazer o imposto se não quiser ter encosto lá na sua escrivaninha.
Pois eu lhe digo que o meu
(desembestou a fulana) pra pouca coisa servia a rigor só para a cama vivia desmantelado depois de bem arrumado me deu foi uma banana.
Bem por isso que eu digo desde quando faleceu tinha que ser um dos dois? antes ele do que eu que ele descanse em paz eu fico com o capataz do sítio onde nasceu.
Foi então que a terceira das viúvas dessa mesa entre séria e pesarosa deu sinal da realeza eu vou contar pra vocês que nessa dentre nós três fui eu quem saiu ilesa.
Ninguém pode contestar eu amava o falecido vivemos em harmonia me orgulho muito disso mesmo que um acidente tenha lhe feito doente bem sabem do acontecido.
Falo é da "mortadela" que do pobre eu quebrei
Deus no céu e eu na terra sabe o quanto eu chorei de remorso e de pesar com medo de precisar contentar com ela nissei.
Mas graças a São Longuinho
São José e São Sebastião nem lembro quantos santos eu tinha presos na mão orando pela"mortadela" que eu precisava dela pedi até a Santo Antão.
Vai daí que um belo dia meu lamento aconteceu meu marido tão amado de repente ele morreu o meu mundo veio abaixo minha vida foi pro taxo graça e cor ela perdeu.
Igual uma barata tonta andava pra lá e pra cá já não via nesse mundo motivo pra me alegrar meus dias eram de pranto sem achar nenhum encanto passava o tempo a chorar.
Vai daí que me apareceu um anjo a mando de Deus tentando me consolar