Poder Naval Portugal Português -Índico séc. XVI
1.1.1 Evolução dos Navios Portugueses:
Uma das principais vertentes do extraordinário desenvolvimento Português no campo da Guerra ao longo do séc. XV e XVI residiu nas extensivas mudanças operadas em matéria das embarcações disponíveis e do seu subsequente modo de utilização, cada vez mais adaptado á nova realidade encontrada no Índico (águas calmas e sem grandes ventos, aliadas a uma crescente necessidade de travar batalhas junto á costa, nos estuários dos rios).
Portanto, torna-se mais do que necessário proceder a uma enumeração e eventual descrição dos diversos tipos de navios utilizados no período em análise, enquadrados em dois subgrupos principais, ou seja, nos Navios de Alto Bordo à Vela e nos Navios a Remos (sobretudo de pequeno porte).
Géneros de Navios que compunham a Armada Portuguesa no séc. XV e XVI:
Navios de Alto Bordo à Vela:
- Navios Redondos e Latinos
- Caravelas
- Caravelões
- Naus
- Galeões
No período entre 1400 a 1550, foi o subtipo dos Navios à Vela que sofreram mais alterações, como consequência do esforço continuo no processo dos descobrimentos.
De modo que, neste mesmo espaço temporal foram adotados por Portugal diversos Navios tanto para a Exploração, Comércio, Combate no Mar e a partir do Mar (através do uso da artilharia de bordo).
Entre os quais se destacam as Caravelas, Naus e os Galeões, que devido às suas características se revelaram determinantes para o desenvolver das atividades e potencial marítimo português.
- Caravela (Caravela Latina ou Caravela Redonda):
Navio de Alto Bordo, que marcou a primeira fase dos Descobrimentos Portugueses, notabilizando-se pela sua rapidez, manobrabilidade (principalmente em Mar Aberto), robustez e poder de fogo, bem como pelo fato de exigirem tripulações reduzidas para as operar.
Para além disso, as Caravelas chegaram mesmo a permitir no contexto da Expansão Portuguesa no Índico uma Navegação Próxima da Costa ou no Estuário dos Rios, tornando-se