Poder nas organizações
Os principais estudos e publicações sobre o poder nas organizações vêm se dedicando à análise de suas origens, formas de manifestações e conseqüências. Desde os tempos imemoriais tem sido manifestada a importância prática e teórica do tema poder, pois situa-se no centro de múltiplas correntes das ciências sociais e humanas. O conceito de poder tem atraído considerável atenção no campo da Sociologia e já o fez também em matérias correlatas, como a Ciência Política. Mesmo que hoje tal fenômeno seja compreendido como inevitável, durante longo período recebeu pouca ênfase na análise da Teoria das Organizações.
Vários autores procuram analisar as relações de poder, interesses e conflitos em organizações. Tais análises, tiveram como objetivo as mais diversas abordagens estruturadas em condições diferenciadas. Contudo, considerando-se que o poder emerge da inter-relação social, as organizações criam formas e estratégias diferenciadas e cada vez mais abrangentes para a regulação de contradições que se apresentam nas relações de trabalho. Neste sentido, as estratégias de dominação parece constituir um dos mais importantes para explicar o comportamento dos executivos e dos trabalhadores das empresas modernas. Com base no pressuposto, o presente texto têm como objetivo principal caracterizar as formas de inserção da dominação e as estratégias de regulação de conflitos, tendo como referência a prática organizacional. Neste sentido pretende-se observar e descrever o comportamento dos indivíduos nas organizações, privilegiando uma análise da relação de trabalho e a dominação nos níveis econômico, político, ideológico e psicológico, que possibilitarão adaptação, conformismo e/o mesmo resistência às circunstâncias nas quais estão inseridos.
2 PODER E CONFLITO NAS ORGANIZAÇÕES
Ao tentarmos entender as relações de poder e conflito, colocamo-nos diante de fatores de significativa importância na estruturação social.
O entendimento