poder da barganha
Consultor alerta: “se focarmos exclusivamente na barganha, cuidaremos das formigas e deixaremos passar o elefante”
A barganha é um comportamento arraigado em várias culturas, uma ferramenta útil principalmente para transações comerciais. Há países em que a barganha é estimulada e ganha contornos lúdicos. Em algumas situações é percebida como uma atividade estressante e até deselegante. As pessoas são diferentes. Para uns barganhar é confortável e para outros nem tanto. E como tudo, é preciso avaliar o contexto e o momento.
A barganha está bastante associada a descontos, prazos, condições e outros. Todos esses elementos são posições. É importante distinguir “posições” de “interesses”. Posição é o que eu quero e interesse é por que eu quero. Portanto, o que ocorre com mais freqüência é a barganha posicional.
Barganhar pode ser muito interessante e divertido. Basicamente, você busca o melhor preço, observando a relação custo/benefício, a marca, garantias, créditos, prazos, qualidade de atendimento e outras facilidades. Para a barganha ser produtiva e funcionar é preciso avaliar em que ponto da negociação você está.
O ser humano barganha, inclusive com Deus, quando faz promessas em troca de uma solução para seus problemas. O Pacto de Fausto também explicita a barganha - “em troca da eternidade eu entrego minha alma”. Estes exemplos se apresentam mais como trocas e escambo (uma coisa pela outra), do que como barganha. Barganha se confunde com troca, pechincha e até com negociação.
Trocar não é barganhar, mas trocar pode fazer parte da barganha. Para compradores e vendedores a barganha é uma experiência cotidiana. A prática jurídica da delação premiada é uma barganha. O suspeito, indiciado ou réu, entrega outros autores dos crimes e a justiça concede benefícios como: redução de pena, perdão e regime penitenciário mais brando.
Nas negociações que tratam de uma única questão entre estranhos, em que os custos da investigação de interesses são altos e