Pobreza
1. INTRODUÇÃO
A preocupação sobre a questão da pobreza e da distribuição da renda sempre ficou evidente, seja qual for o regime econômico ou a época. Uma maneira atual de investigação da pobreza, medida pela percepção de renda dos indivíduos enquanto medida de bem estar, trata de refletir sobre a pobreza de um país ou região principalmente no que diz respeito à educação, saúde, habitação, acesso a bens de consumo e lazer, dentre algumas características que permitam avaliar a questão.
Os determinantes da renda e da pobreza, em qualquer nação, aparecem em diversos ângulos, e vários trabalhos têm dado resposta ou evidências da origem destes fatos. Dupas (1999, p.223-225), por exemplo, realiza uma reflexão sobre os problemas que deverão ser enfrentados no que se refere ao crescimento da exclusão social e mais especificamente no mercado de trabalho. Partindo da constatação do aumento da exclusão social, associada à revolução nas tecnologias de informação e ao avançado estágio dos meios de comunicação disseminam aspirações de consumo tanto daqueles que de fato realizam estas aspirações quanto dos excluídos.
Já no caso do desenvolvimento brasileiro, este vem sendo preocupação constante, principalmente das classes dirigentes que muito penosamente, conseguiram libertar a nação dos males do “subdesenvolvimento” e enquadrá-lo no eufemismo de país “em vias de desenvolvimento” que, de certa forma, já é um passo a mais para se alcançar esse almejado adjetivo.
Segundo estudos reunidos e produzidos pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), a partir das décadas de 60 e 70, e utilizando-se dos Censos Demográficos então disponibilizados, instaurou-se uma “tradição” voltada para estudos sobre pobreza, não só realizados por pesquisadores no Brasil, como também no exterior.
Os primeiros debates, ou a grande maioria dos mesmos, se centravam na preocupação em definir