Pobreza e criminaliddae

1292 palavras 6 páginas
Pobreza e criminalidade: a construção de uma lógica X A descriminalização do delito de apropriação indébita previdenciária.

A A predominância de crimes contra o patrimônio, como o crime de Furto, associada à pobreza da maioria da população, contribui para reforçar o entendimento de que o homem pobre, para sobreviver, rouba. É preciso considerar que certas categorias sociais se tornam mais expostas as pressões condutivas ao desvio e a criminalidade, portanto, mais sujeitos à inspeção policial. Nessas categorias se encontram os sujeitos oprimidos pela miséria, que experimentam as desigualdades da sociedade, como os favelados, desempregados, trabalhadores não especializados, entre outros marginalizados urbanos, estes acabam sendo atraídos para atividades criminosas na medida em que percebem os ganhos dos crimes serem superiores em relação aos benefícios de atividades legais. As crises econômicas e sociais são associadas ao aumento de certos tipos de crime, a equação não se explica pela relação direta e imediata entre a baixa renda e a criminalidade. Reduzir a explicação do aumento da criminalidade às crises, acaba por levar a conclusão de que a população pobre é convulsionada ao crime, e que o pobre, se não for devidamente orientado, será um candidato natural à prisão. A alta incidência de pessoas pobres entre os presos pode ser explicada de duas maneiras. Uma delas e o sistema policial e judicial altamente discriminatório: pessoas que possuem bens (a maioria branca), raramente são levadas a julgamento e, quando condenadas, vão para celas diferenciadas e quase nunca cumprem a pena determinada. Outra explicação aponta para as dificuldades do homem preto e pobre em escolher seu destino em meio a condições adversas, encaminhando-se muitas vezes pelo caminho da criminalidade. A adversidade para esses homens se apresenta, entre outros fatores, na "falta de assistência do governo às famílias pobres, na polícia corrompida, nas atrações e facilidades

Relacionados