Pobreza, política social y política criminal. Investigación y Politicas
AYOS, E. Comunidades vulneráveis: espaços de interseção entre a política social e a política criminal. Delito y Sociedad. Revista de Ciencias Sociales, núm. 28, 2009, pp. 137-148.
A partir dos anos 80, a nova construção de “pobreza” e de “prevenção”, pautadas nos argumentos neoliberais, trouxeram posturas paradigmáticas dentro dos governos. As estratégias preventivas tiveram aumento, enquanto as medidas penais se reduziram, aumentando a assistência social que se centra em uma noção de pobreza. “O retorno das classes perigosas” trouxeram uma resignificação para todo o contexto que envolve a pobreza: o pobre, o delito, o delinquente, e todas as ações que se relacionam a esses aspectos. O autor analisa dois programas, “Comunidades Vulnerables” (PCV) “Empleo Comunitario” (PE), em um período de quatro anos, para observar a construção dessas novas relações. A pesquisa realizada foi qualitativa baseada em informes feitos pelas equipes e entrevistas com funcionário e técnicos.
As intervenções foram feitas em dois momentos distintos. Na etapa de inserção, no qual há uma delimitação territorial, tendo como figura centra as instituições e identificação dos grupos. Esse primeiro passo gera um interação entre as mais diversas organizações, para vincular e mediar relações com/entre a população. A segunda parte é a prevenção de fato, trabalhos em grupo, discussões, reflexões, nos quais é possível notar a heterogeneidade do grupo tido como marginal e perigoso. É um meio de prevenção proativa ao invés de algo puramente reativo. O processo de conformação de uma população foi notado a partir de objetos de intervenção que foram internalizados e tidos como naturais, estando impregnados em toda questão do estigma da população. Assim podem-se analisar elementos que constituem a construção da pobreza e o delito no espaço se