pobreza, formas de combater
Na última metade do século X e no início do século XI, com a aproximação dos povos através da chamada globalização ou mundialização, houve uma profunda intensificação e um espantoso crescimento do intercâmbio entre os povos, o que ocasionou mudanças nas estruturas econômicas e produtivas das nações. Tais mudanças, aliadas ao enorme avanço tecnológico por que passa o mundo contemporâneo, sem olvidar das vantagens carreadas ao ser humano no que concerne à melhoria de vida, trouxeram como desvantagens a concentração de renda, o desemprego e o subemprego e – o que é mais grave – um enorme aumento da pobreza, problemas que apresentam grande impacto sobre a sustentabilidade da economia e da ecologia do planeta.
Existe uma estreita e recíproca relação entre a redução da pobreza, o desenvolvimento e os direitos humana, pois o desenvolvimento humano consiste na realização dos direitos humanos e, por conseguinte, na progressiva redução da pobreza. O desenvolvimento humano deve estar centrado nos povos e nos indivíduos que os constituem, e tem como objetivos a melhoria de seu bem-estar e o respeito de sua dignidade e identidade. Por esta razão, a pobreza constitui, na medida em que representa a antítese do desenvolvimento social, uma brutal e violenta negação de todos os direitos humanos, que limita substancialmente o alcance das liberdades públicas dos mais pobres, os privando e privando suas comunidades dos bens necessários para viver dignamente. E este deveria ser um assunto de interesse na ciência e práxis da economia.
Da mesma forma que o desenvolvimento humano e sustentável, a pobreza possui um caráter multidimensional e complexo ao implicar elementos materiais como a fome, a desnutrição, a falta de segurança, de água potável para beber e para a higiene, os problemas de saúde ligados às enfermidades facilmente curáveis com os medicamentos e conhecimentos atuais, as moradias precárias e insalubres, o desemprego e o subemprego e a escassez de rendas