Pobreza Energética
Estamos em 2013 e cerca de sete em cada 10 africanos não têm acesso à eletricidade e oito em cada 10 não possuem um fogão “moderno” para cozinhar. A pobreza energética – definida como a incapacidade de cozinhar com fogões modernos e pela ausência de iluminação mínima para atividades produtivas depois do sol se pôr – afeta as oportunidades econômicas, educacionais e de saúde de cerca de 600 milhões de africanos.
A pobreza energética tem impactos significativos nas áreas da saúde e da educação. Atualmente, este tipo de pobreza é responsável por mais mortes prematuras do que as originadas pela malária ou pela tuberculose, afetando igualmente o aprovisionamento dos serviços de saúde (é extremamente difícil refrigerar vacinas, por exemplo). A educação é igualmente afetada, na medida em que não é possível ler na escuridão, já para não mencionar as crianças que são postas fora da escola para recolher lenha. Por outro lado, o acesso a energia com preços acessíveis é igualmente um enorme – e em muitos países o principal – problema para o crescimento econômico.
Uma parte considerável do problema de pobreza energética poderia ser eliminada através de energias renováveis ou de novas tecnologias. Todavia, também é verdade que a maioria das cidades africanas, e das suas zonas industriais, prefere optar pela energia da rede elétrica tradicional, ou seja, proveniente dos combustíveis fósseis. Assim, só um compromisso com os grupos de interesse ambientais poderá permitir o duplo objetivo de se travarem as emissões e permitir aos pobres que acendam a luz. Uma opção poderá ser a manutenção da proibição que pende sobre o carvão, mas isentar os países pobres dos limites de carbono para projetos que elejam o gás natural que, tipicamente, produz cerca de metade das emissões comparativamente ao carvão.
O que os Quenianos fazem para amenizar o problema?
O Quênia está classificado em primeiro lugar em nove países africanos na implementação do