Pobreza, desigualdade, cidadania e atuação do estado na região de foz do iguaçu
(Silvio Silva)
No município de Foz do Iguaçu, a pobreza, as desigualdades e a exclusão social também têm sido motivo de preocupação dos representantes do Estado, de empresas públicas e dos cidadãos.
Até o final do século passado, o município passou por ondas de crescimento econômico impulsionados pela construção da Hidrelétrica de Itaipu e forte comércio com o Paraguai, mas a construção da hidrelétrica chegou ao fim e o comércio com o Paraguai foi dissolvido com a criação do
Mercosul, antes a área da Vila Portes, conhecida como exportação, contava com um movimento frenético de caminhões, pessoas comprando em grandes quantidades e uma alta movimentação financeira, se resume hoje ao comércio para atendimento da área de fronteira, atendido pelas vans e pequenos caminhões de carga. O município passou a ser somente ponto de passagem de mercadorias. O forte crescimento econômico e populacional ocorrido neste período se transformou em um grande déficit social no final dos anos 90 e um desafio a ser vencido no início do novo milênio.
Como se prega, que com um aumento no crescimento econômico de modo constante e positivo, a distribuição de renda tende a um autoajustamento, quando ocorrem choques negativos, o autoajustamento também tende a ocorrer.
A pobreza no município cidade de Foz do Iguaçu é uma situação crônica que se agravou desde os anos 80, na época da construção de Hidrelétrica de Itaipu, formando aglomerados subnormais, como favelas. Estima-se que o município chegou a ter 52 favelas, neste caso extremo a causa não foi necessariamente a pobreza, mas a absoluta falta de moradias na cidade para atender a demanda de novos moradores que chegavam para trabalhar nas obras.
Segundo o IBGE, Censo Demográfico 2010, das 81 mil residências do município, 1,8 mil estão em 10 favelas, num total de 6,4 mil pessoas vivem nestes locais, correspondendo a aproximadamente
2,5% dos