pneumonia
As pneumonias constituem um grande capítulo no campo da pneumologia. Não obstante, a capacidade de defesa do aparelho respiratório, os agentes infecciosos chegam aos pulmões de quatro maneiras: 1. por aspiração de inóculos oriundos da naso e orofaringe; 2. por inalação, através da árvore traqueobrônquica, de aerosóis; 3. pelo sangue, através do sistema arterial pulmonar e brônquico; 4. por contigüidade, de lesões adjacentes aos pulmões.
Os pulmões respondem com um processo inflamatório que evolui conforme diversos fatores: volume de inóculo, tipo de germe, sem grau de virulência, reação do hospedeiro, precocidade do tratamento, medicamentos utilizados, etc.
No quadro clínico das várias pneumonias muitos sinais e sintomas se superpõem. Algumas vezes, determinada manifestação clínica se destaca e favorecerá um diagnóstico. Outras vezes, a imagem radiográfica permite encaminhar o diagnóstico com alguma precisão.
De modo geral, os exames subsidiários e alguns procedimentos vão ajudar no diagnóstico diferencial das pneumonias. Entre eles, estão, por exemplo: hemograma, radiografia simples do tórax (frente e perfil), exame de escarro (esfregaço e cultura), testes cutâneos, homocultura, cultura de urina, testes sorológicos, aspiração transtraqueal, toracocentese, broncofibroscopia (com aspiração, escovado, lavagem broncoalveolar, biópsia), biópsia pleural com agulha, biópsia pulmonar transcutânea, direta, com agulha. Apesar desses exames e procedimentos, o médico não deve esquecer de examinar o paciente repetidamente (até mesmo várias vezes ao dia) e solicitar certos exames (radiografias e exames de laboratório) maneira irregular, para ter noção bem precisa da evolução do processo pneumônico.
Vamos tratar neste trabalho, as pneumonias mais comuns.
2. PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA (PP)
2.1 GENERALIDADES
A PP é uma infecção pulmonar aguda causada por bactérias Gran-positiva (Streptococcus pneumoniae ou pneumococo), encapsulada, laceolada,