Pneumocistose
É uma doença infecciosa que afeta principalmente doentes com as defesas do organismo reduzidas, como doentes com AIDS e transplantados. É causada por um microorganismo chamado Pneumocystis carinii e transmitida através de gotículas de saliva de pacientes com a doença.
Sintomas e sinais
A doença começa abruptamente com febre, respiração acelerada e tosse discreta sem secreção. Dispnéia importante de início subagudo, perda de peso, sibilos e fadiga. Sem tratamento o estado do doente logo se deteriora e ocorre a morte.
Diagnóstico
O médico suspeita do diagnóstico pela presença de febre e tosse seca em pacientes com SIDA. Sinais pulmonares na radiografia de tórax auxiliam o diagnóstico (infiltrado intersticial difuso e perihilar, lesões nodulares, pneumotórax, derrame pleural), que é confirmado pela identificação do parasita no escarro, em lavado brônquico ou biópsia (retirada de fragmento) do parênquima pulmonar. Gasometria arterial (hipoxemia), DHL aumentado auxiliam no diagnóstico.
Tratamento
O tratamento é realizado com medicamentos específicos que atuam contra o microorganismo, classicamente o Trimetroprim-Sulfametoxazol. Pentamidina, Clindamicina + Primaquina e Corticóides se PO2 < 70 na gasometria.
Prevenção
A quimioprofilaxia para pneumocistose é indicada para todos os pacientes com contagem de linfócifos T CD4+ abaixo de 200 células/mm3 (profilaxia primária) e/ou para aqueles que já tiveram um episódio de PCP (profilaxia secundária). Esta medida deve ser mantida por tempo indeterminado ou até que a contagem de linfócitos T CD4+ ultrapasse os 200/mm3. Justifica-se tal conduta porque aproximadamente 60% dos pacientes com AIDS apresentam recidivas da PCP no primeiro ano após o primeiro episódio, fato este que aumenta consideravelmente a morbimortalidade dessa doença. O principal motivo para o uso padronizado de quimioprofilaxia nesses casos é a não erradicação do P. carinii mesmo após tratamento, predispondo os pacientes