PMEs
Se no passado recente a concepção “Governança Corporativa” era direcionada apenas às grandes corporações, àquelas com ações listadas em Bolsa, atualmente, o termo é considerado de fundamental importância para as organizações em geral, inclusive para as empresas familiares e de menor porte. O conjunto de processos que regulam a maneira como uma empresa é dirigida, assim como o estudo das relações entre todos os envolvidos, é imprescindível no mundo corporativo atual.
Para lembramos a sua origem, o conceito de Governança Corporativa surgiu na primeira metade dos anos 1990, em um movimento iniciado nos Estados Unidos, quando acionistas das grandes corporações despertaram para a necessidade de novas regras que os protegessem da gestão realizada por seus executivos, dos conselhos de administração omissos e da passividade das empresas de auditorias externas. Em 2002, ocorre um marco na história da governança, quando o congresso norte-americano aprova a SOX (Lei Sarbanes-Oxley), em resposta aos escândalos corporativos envolvendo grandes empresas do país, como Enron, Worldcom e Tyco, entre outras. No embalo de tais escândalos, caiu uma das mais renomadas grifes de auditoria existente até então, a Arthur Andersen.
No Brasil, os primeiros movimentos focados para a adoção de melhores práticas de governança corporativa se deu em 1995, com a fundação do Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração (IBCA), atual IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Desde então, este movimento vem sendo cada vez mais difundido ao ponto de surgir em 2000, o “Novo Mercado”, um novo segmento de listagem da Bolsa de Valores destinada à negociação de ações