Os plásticos podem ser usados em seu “estado puro” para as utilidades domésticas como carcaças de eletrodomésticos. Mas quando aplicamos um determinado tipo de plástico em produtos que requeiram uma maior resistência mecânica como peças para construção civil, indústria automobilística ou qualquer outra que esteja substituindo uma peça de metal, surge à necessidade da incorporação de reforços na massa polimérica. Os impactos causados pelo descarte do plástico no meio ambiente podem ser reduzidos com o uso de fibras naturais, já é sabido que os polímeros convencionais, oriundos do petróleo e os demais materiais de engenharia, levam centenas de anos para se decompor na natureza. A utilização de fibras naturais como possíveis substitutas de fibras sintéticas em compósitos poliméricos tem sido assunto de grande interesse científico e comercial. Este fato é decorrente das fibras naturais serem uma matéria-prima biodegradável e renovável, com baixo custo e que proporcionariam a obtenção de compósitos recicláveis. Além disso, as fibras naturais são pouco abrasivas e diminuem a irritação da pele e problemas respiratórios associados às fibras de vidro. A principal desvantagem das fibras naturais é a sua natureza hidrofílica (são substancias que ''gostam'' de água, tem atração pela água) que resulta em compósitos incompatíveis com as matrizes poliméricas hidrofóbicas (não possuem uma atração pela água). Podem-se agrupar os diferentes tipos de fibras da seguinte maneira: fibras de semente (algodão), fibras de caule (bambu, juta, linho, cânhamo), fibras de folhas (bananeira, sisal, piaçava, curauá), fibras de fruto (coco) e fibras de raiz (zacatão). As fibras vegetais ou lignocelulósicas possuem menor densidade e provocam menor desgaste do que as sintéticas nos equipamentos convencionais de processamento de polímeros. Além disso, o Brasil é sem dúvida, um dos países que possuem a maior biomassa do mundo e a maior extensão territorial cultivável, potenciais estes que devem