Plutarco (Vida de Tibério)
Os Animais Selvagens espalhados pela Itália tem cada um, seu buraco, seu angulo, seu covil; e aqueles que combatem e morrem pela Itália só tem o ar e a luz: nada mais. Sem casa, sem moradia fixa, perambulam com suas mulheres e filhos. Os generais mentem quando nas batalhas contratam soldados para combater os inimigos pela defesa dos túmulos e dos templos: dentre tantos romanos, não há um só que possua altar paterno, um túmulo de antepassados. Fazem a guerra e morrem unicamente pelo luxo e opulência de outrem: Nós os chamamos de senhores do mundo, mas eles não possuem se quer um torrão de terra.
Ao analisar este documento, me deparo com uma vida de crueldade e injustiça para com o soldado camponês. Naquele período quando em casos de guerras, os camponeses eram obrigados a abandonarem suas propriedades para lutarem a favor de Roma, para que fossem conquistados novos territórios aumentando assim a potência e o domínio romano. “Sem casa, sem moradia fixa perambulavam com suas mulheres e filhos”, suas famílias eram deixadas para traz e estes pobres camponeses só poderiam retornar para seus lares e familiares depois de um longo período de guerras. Estes soldados camponeses “lutavam pelo estado e morriam unicamente por eles”, deixavam de viver para ganharem uma expansão de riquezas que não era pertencente a eles. Essas conquistas eram pelo “luxo e opulência”. O caráter de discurso do texto nos mostra como os generais mentem para que os camponeses lutem pela pátria, quando na verdade buscavam poder e grandiosidade. O texto nos fala que até mesmo “os animais selvagens tinham cada um, seu buraco, seu ângulo, seu covil”, porém o soldado só tinha o “ar e a luz” viviam em um completo descaso.
Tibério Graco no ano de 133 a.c conseguiu aprovar uma lei agrária que limitou a extensão das terras pertencentes à nobreza e determinou a distribuição de terras públicas para os que não possuíam se quer um “torrão de terra”. Tibério encarregou-se de acabar com