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A fórmula para fazer uma boa redação

A folha de papel em branco, uma olhada rápida no relógio e muitas ideias na cabeça para serem organizadas e transformadas em argumentos convincentes, que apoiem sua opinião e cativem o leitor até o ponto final. Não há como fugir. Quando chega a hora da prova de redação, independentemente das boas notas em língua portuguesa, da bagagem cultural do aluno ou do grau de dificuldade do vestibular, a missão de escrever de forma objetiva e inteligente sobre um tema determinado costuma causar certo nervosismo.

De acordo com especialistas, isso ocorre porque durante a elaboração de um texto não há como recorrer aos códigos matemáticos ou aos fatos comprovados sobre a história do Brasil, por exemplo, para chegar à resposta correta. Aliás, redações baseadas em pontos de vista completamente diferentes podem receber igualmente nota dez.

“Os alunos precisam entender que esse tipo de exame avalia competências que as provas específicas não avaliam. Neste caso, o que vale é a capacidade do aluno em lidar com as possibilidades – e não com a certeza –, de construir uma resposta sustentável para um tema discutível, muitas vezes polêmico. Por isso, não há várias soluções aceitáveis”, explica Francisco Platão Savioli, professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), autor dos livrosPara entender o texto e Lições de texto (Editora Ática), em coautoria com José Luiz Fiorin.

Maria Luiza Abaurre, autora do Sistema UNO de Ensino e coordenadora de língua portuguesa da Escola Comunitária de Campinas (SP), concorda. Para exemplificar, ela cita as cinco competências que serão avaliadas na prova de redação do Enem, em outubro: “O aluno deverá mostrar em seu texto capacidade de dominar a linguagem, compreender fenômenos, enfrentar situações-problema, construir argumentação e elaborar propostas”. Maria Luiza afirma que as mudanças na estrutura das provas do Enem não afetaram em nada a parte da redação.

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