pluralismo metodológico
Ana Clara de Oliveira Cruz
No artigo “Pluralismo Metodológico no Ensino de Ciências”, os autores sugerem que o ensino de ciências deve utilizar-se de diversos métodos (pluralismo metodológico) para que a aprendizagem seja mais eficaz.
Os autores partem do pressuposto de que todo processo de ensino-aprendizagem é extremamente complexo, mutável e abrangente, incluindo-se desde a definição do que é ensinar, passando pelo o que entendemos pela integralidade do ser humano e sua formação, até às mudanças nas ideias educacionais, dificultando a aplicação dos modelos até atualmente desenvolvidos, destacando-se as duas metodologias didáticas mais amplamente aplicadas nas escolas: a tradicional e a construtivista. Diante destas concepções, são apontados os aspectos limitadores da aprendizagem, em ambas as metodologias. A metodologia tradicional mostrou-se uma estratégia coerciva e pouco participativa, em que os alunos são considerados meros ouvintes que recebem o
“conhecimento doado” de um mestre. Além disso, seu maior enfoque atualmente é manter a ordem da macroestrutura, do sistema sócio-econônimo-ideológico já instituído, ao invés de possibilitar modificações.
Já a metodologia construtivista, embora defendida por muitos estudiosos como aplicável em qualquer circunstância, mostra-se falha em diversos aspectos. Um deles é não respeitar integralmente as distintas formas de aprendizado, diferentes de aluno para aluno. Além das habilidades, as pessoas apresentam personalidades, realidades, motivações e vivências distintas, com relações interpessoais que variam entre elas, dependendo da situação à que são expostas, e isto se reflete também no modo como preferem aprender. Assim, nem todos os alunos aprendem melhor trabalhando em grupo com os colegas, algo que frequentemente é estimulado pelo método construtivista. Por esta razão, estabelecer um único estilo didático seria o mesmo que excluir parte dos alunos do