Pluralidade Cultural
Vivemos num mundo extremamente pluralista. As opiniões, as posições teóricas, as religiões multiplicam-se. Antes já existia certa pluralidade, mas não tínhamos consciência de sua realidade. Hoje a mídia possibilita-nos conhecer e ficar bem cientes desse desnorteante pluralismo cultural e religioso. Uma teologia demasiado dogmática não consegue dar conta dele. Impõe-se o diálogo em vez da reprovação, a decisão em vez da tradição, a comunhão em vez da insistência na própria identidade. Sem grande abertura, nenhuma teologia consegue dialogar com a cultura moderna e com as outras religiões.
Além do pluralismo cultural, a proximidade inédita das grandes religiões torna o distante e inócuo pluralismo religioso do passado em realidade desafiante, dentro mesmo de países tradicionalmente Cristãos. Embora não se reconheçam elementos que se ajustam à mensagem evangélica, não lhes pode negar. Dificilmente poderá o Cristão manter-se completamente impermeável a diversidade religiosa que o rodeia, dificilmente não se surprenderá a olhar sua fé cristã na perspectiva das outras crenças, tecendo comparações, fazendo juízo e tirando novas conclusões.
A cultura brasileira favorece muito ao chamado sincretismo religioso, pois o povo brasileiro é formado por um miscigenação de raças; índios, negros e brancos se misturam formando um caldeamento de raças, e também do ponto de vista religioso nós somos uma mistura, temos o catolicismo, o cardecismo, pajelança indígena e outros cultos afro, e essa mistura de várias crenças e crendices gerou o que chamamos de sincretismo e esse produto gerado dessa mistura fica a margem do que conhecemos por evangelho puro e simples.
Como doutrina da arte da compreensão e da interpretação, a hermenêutica se desenvolveu por dois caminhos diversos, o teológico e o filosófico: a hermenêutica teológica como defesa da compreensão reformista da Bíblia e a filosófica como instrumento de redescoberta da literatura clássica procuram pôr a