Plotino
Plotino (205-270 d. C.) e o Neoplatonismo
- O neoplatonismo (século III) inverte a concepção platônica sobre a arte. A idéia de belo é separada do bem e da verdade. A arte se torna a manifestação terrena do belo, agora idéia autônoma. A arte se liga à sua idéia, sem a intermediação do exercício racional (dianóia).
- Para Plotino, o mais importante pensador neoplatônico, o Uno é o absoluto. Teoria das três hipóstases: no alto se encontra o Uno (hén), a seguir o Logos ou noûs (a inteligência, o espírito), em terceiro lugar a Alma Suprema (psukhé). Esta última dá origem à alma do mundo e esta às almas particulares:
Uno Espírito, logos Alma Suprema Almas particulares
- Por uma espécie de retorno mental, ou místico, se faz a marcha inversa, pela qual a alma humana finalmente se extasia em união com o Uno através da contemplação.
- O Uno emana luz até o mundo material. Essa luz se enfraquece à medida em que se afasta Dele.
- O mal é a ausência de luz. Todas as coisas possuem uma centelha desse deus-luz. É o próprio deus-luz que, com sua presença, sua emanação, acrescenta às coisas a sua beleza.
- O artista não copia os objetos que vemos, mas as razões ideais das quais deriva a natureza desses objetos. O pintor é um vidente. O objetivo da arte é a beleza inteligível.
- O artista traz à visão a beleza, quando ele possui o conhecimento intelectual da forma, e não por sua habilidade manual. Assim, Plotino propõe uma arte de origem metafísica.
- Plotino descreve a busca da alma pela beleza, a sua ascese no reconhecimento da beleza, partindo dos objetos sensíveis, passando pelas ações virtuosas e chegando à beleza dela mesma e do inteligível.
- Esse desejo amoroso da alma de unir-se à beleza inteligível é apresentada como o bem máximo que a alma pode alcançar e por isso aparece como quase idêntica ao Uno, mas essa proximidade quer apenas frisar que o caminho que leva a alma em direção ao Uno passa, necessariamente, pela sua